quinta-feira, 27 de maio de 2010

Pequeno-grande ser...

Menina,
que brinca,pula
grita,dança,canta
roda, rola e chora...

Menina
que os olhos brilham,
sorriso encanta...

Menina
que sonha e sonha
e vive...
e sonha.

Menina
que busca, se arrisca,
se atira...

Menina
que se inquieta
se tranquiliza...

Menina
que um dia
deixará de ser menina...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ainda é (seria) cedo...

A intensidade da vida de um poeta não pode ser mensurada
Não há palavras que classifique
Nem motivos que justifique...
É um ser incompreensível que não busca compreensão

Um mostrar-se escondendo-se
um doar-se querendo receber...

E por isso permanecem VIVOS
Através das marcas que vão espalhando pelo mundo...

Poesia!Pura poesia!
Sua voz e canções...

É!Poetas de verdade não morrem
Por isso hoje esse espaço é em sua homenagem
Grande RENATO RUSSO
Que fez o complexo parecer simples
E o inexplicável ter explicação...

Um diálogo para além da vida...
Um estar junto além das gerações...
Assim sinto:
Minha biografia "cantada" por quem sabe o que é ser INTENSO...

"E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos."

Afinal:"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã porque se você parar para pensar na verdade não há..."

A ti, por ti minha "eterna" admiração.

domingo, 9 de maio de 2010

A tua aparição.

Chegou como não queria nada.
(E realmente não queria)
Foi conquistando um espaço
Sem querer, sem perceber, sem saber...
Não viu o que estava provocando
Provocou para ver...
E tudo foi se intensificando
E tudo foi caminhando...

Parecia sentir o que na verdade não sentia
Parecia não sentir, mas por hora sentia
Por isso mentia,
Enganava e se enganava
Era uma felicidade triste
Uma tristeza feliz
Era dialético
Confuso.
Ousado.
Com muito receio,
Estático de medo.
Era o que era,
E também o que lhe pedia para ser o momento...
Era palavra e atitude
também silêncio e olhares...

Era um toque.
Um desejo.
Um querer não querer.
Um querer ter.
Um querer saciar-se.

Uma fera indomável.
Um passáro livre.
Uma brisa leve.
Uma criança perdida.
Um furacão.
Um porto-seguro.
Um abismo...

Apareceu assim:
simplesmente dialético
sempre, sempre um homem-menino.

domingo, 2 de maio de 2010

Futuro passado no presente.

Não quero mais usar as palavras de outrora
Nem permanecer ouvindo as mesmas canções

Não quero ver as marcas dos antigos amores
Nem mexer nas feridas que ainda estão abertas

Não quero cometer os mesmos erros
Nem ficar estática diante dos mesmos medos...

Quero ser como um bebê
Que nada sabe do mundo
Que ver tudo com entusiasmo
Que descobre, experimenta, se arrisca sem medo
Tentando encontrar o sentido das coisas ao seu redor...
E vai descobrindo tudo gradativamente a partir das experiências
E vai crescendo...se conhecendo...conhecendo o que faz bem
E quem lhe faz bem...
E que cai, se machuca e até chora, mas não tem medo de novamente se arriscar
Em novas descobertas
Em novos experimentos
Em viver a vida...

Mas não há como passar uma borracha em tudo...
Não há como começar tudo novamente sem carregar algo do que já se foi...
Tudo nos deixa marcas.

E as vezes as marcas pesam.
São profundas.Dolorosas.Confusas...
Então crescemos, crescemos e crescemos...
E vivemos a vida por trás de escudos
Na tentativa de não sofrer mais...
E nos esquecemos da ousadia que tínhamos...
E nos lembramos da ousadia que tínhamos...
Então nos questionamos, nos preparamos, nos "protegemos"
Mas vem a vida e bagunça tudo outra vez
E nos faz perceber o que somos:
Contraditórios em tudo

E desejamos ser grandes
E desejamos ser pequenos
Mas não desejamos ser ( nem ver) o tamanho do que somos...

Emanuella Rachel.

sábado, 1 de maio de 2010

O real e o imaginário...

Havia um lugarzinho escondido em meio ao turbulento e agitado cotidiano de uma cidade. Na verdade uma cidade não muito grande, mas atualmente até as pequenas cidades estão perdendo um pouco de sua calmaria. Esse lugar parecia um verdadeiro paraíso, tudo lá era mais belo... Flores, borboletas, pássaros, um lindo lago, seres imagináveis... Um cenário perfeito para despertar os melhores e mais sinceros sentimentos que habitam a alma dos seres humanos.
Os habitantes da pequena cidade nunca percebiam a existência desse pedacinho do paraíso, passavam sempre apressados para seus compromissos e desprezavam toda aquela beleza... Mas, nem todos eram assim céticos, havia um rapaz, um jovem cantor, que sempre que passava por lá se encantava com toda aquela paisagem mágica...
Durante certa noite de lua cheia o rapaz resolveu ir até a janela do seu quarto e tocar violão, contemplando a linda lua. Entretanto, a vontade de conhecer aquele pequeno paraíso tornou-se tão intensa que ele não conseguiu se conter, pegou seu violão e seguiu até o lugarzinho despercebido...
Já na entrada do lugar era possível ver grandes árvores, lindas flores e sentir um ar puro, parecia que o vento soprava melodias que entrava pelos ouvidos e enchia o coração de alegria.
O jovem continuou caminhando e desfrutando da beleza do lugar, da magia que o envolvia e lhe fazia sentir-se tão bem como jamais havia sentido-se antes.Chegou até um lindo lago de águas límpidas onde resolveu sentar-se e cantar para a lua...
De repente surge uma pequena fada rodeada de pequenos e saltitantes seres. Sem perceber a presença do rapaz todos começam a cantarolar e brincar transbordando alegria.
Sem saber o porquê o jovem rapaz não consegue parar de olhar para a pequena fada, nem mesmo o belo e majestoso unicórnio foi capaz de desviar sua atenção. Em meios a risos e brincadeiras a fada, enfim percebe aquele belo rapaz olhando para ela, e sente como se já o conhecesse há muito tempo, pois a presença dele a deixa extremamente feliz, trazendo-lhe a sensação de ter encontrado algo que estava esperando encontrar.
Eles então se olham, de uma forma tão intensa que seus olhos parecem revelar os sentimentos mais íntimos que possam habitar nossos corações.Os seres que ali estavam pareciam não mais existir, então sorriram deram as mãos e caminharam até o ponto mais alto do pequeno paraíso.
A magia que envolvia os dois crescia a cada momento que passavam juntos. Os olhares, os carinhos, os beijos... Cada toque era como uma linda e profunda declaração embalada por lindas melodias. Era tudo mágico, tudo tão compreensível para eles e incompreensível para os outros...
No momento de despedida eles se abraçaram, e sem que falassem nem mesmo uma palavra, apenas na sinceridade do olhar, prometeram que iriam se ver novamente, pois agora um sabia que sentia-se ainda melhor ao lado do outro. Sentiam que não era um sonho, embora tudo fosse mágico e inexplicável, o sentimento que envolviam essas criaturas era real, mais do que isso era puro e verdadeiro
Um lindo sonho, daqueles que nos remete a lugares e seres existentes apenas na imaginação infantil, onde os sentimentos bons sempre são os vitoriosos proporcionando um final feliz para todos. Há quem chame isso de amor, outros apenas sonhos e fantasias, alguns pensam ser delírios de uma menta não muito sã... A verdade é que nunca saberemos o que de fato aconteceu naquele pequeno paraíso, nossos olhos nem sempre conseguem enxergar aquilo que está além do visível, afinal não há tempo para viver, apenas sobrevivemos ao conturbado cotidiano da nossa sociedade capitalista não é mesmo?
Entretanto, há rumores de que alguns romances que iniciam perto daquele lugarzinho escondido duram até hoje, mas a maioria das pessoas acham que essa é mais uma lenda e que acreditar nisso é perder tempo, e tempo hoje em dia vale ouro.
Mas na verdade eu acredito que o jovem tocador e a pequena fada ainda passaram bons momentos juntos e ainda passarão muito mais, e que se houver eternidade para o amor entre um homem e uma mulher eles serão felizes para sempre como nos contos de fadas... Como nos sonhos de menina...
Há quem viva um grande amor mesmo nos dias atuais, pois acreditam na possibilidade do mundo ser bem mais do que pode alcançar nossos olhos cansados e sentir nosso coração despedaçado e endurecido pelas desilusões vivenciadas...

Emanuella Rachel.

O que ficou de nós?

O que ficou de nós?
A saudade é sempre a recordação de algo que PASSOU em nossas vidas. Mas nem sempre esse algo verdadeiramente passou... Mas sentir saudade seria apenas lembrar e ter essa lembrança guardada com um enorme carinho ou seria desejar, ainda, com todas as forças, que tudo volte a ser como um dia foi? A saudade muda com nosso estado de espírito, com o nosso humor. Mas é possível existir saudade e raiva juntas? Bom, pode não ser comum, mas foi o que senti hoje ao pensar em você. Foi uma saudade que machucou que me fez desejar seguir em frente, passar uma borracha em todas essas lembranças que desde sua partida tem sido meu refúgio, meu abrigo, mas também meu precipício. É! Foi com você um pedaço meu. Não foi um simples pedaço do meu coração ou de qualquer outra parte do meu corpo não, foi um pedaço da minha alma, da minha existência... Mas não é essa parte que no momento me falta, não é essa ausência que de fato me dói, o que machuca, o que corrói tudo por dentro é não ter você mais presente nos meus dias. É ter que fazer planos sem você. É ver que a cada dia que passa nos tornamos mais distantes, é esse retrocesso que me incomoda. Esse voltar a sermos estranhos...
Sinto vontade de gritar para ver se alguém me ouve, para ver se você me ouve e volta, para ver se essa dor passa, se essa ferida sara... Para ver se consigo me sentir novamente livre, pois ainda sinto-me presa aos seus encantos, aos seus planos, ao mundo que criamos para nós, mundo este que por um motivo que eu ainda não conheço (ou não aceito) você desistiu. Mundo que desabou quando você partiu.
Vazio, vazio, vazio, vazio... É só isso que vejo a minha volta. É isso que me revolta. Não posso mais te querer (também não sei se ainda te quero), mas não consigo parar de pensar em você, de querer entender o porquê de você está feliz longe de mim.
Como pode tudo ter se acabado assim? Era tudo tão nosso, tudo tão incompreensível aos olhos dos outros e tão natural aos nossos, como pode ter sumido sem deixar rastros, sem deixar marcas em você?
Que raiva!Que saudade... Que falta você me faz!
Hoje a tua felicidade me incomodou, hoje eu não queria lhe ver bem... Sei que é egoísmo meu. Mas hoje, só hoje queria lhe ver sofrendo, sentindo a saudade e a dor que esmaga o meu peito. Queria ver suas as lágrimas derramadas por minha ausência e seus soluços desesperados pedindo minha volta. Só para que eu pudesse lhe dizer que não foi Eu quem partiu, mas sou eu quem agora não sabe mais se quer ficar...Que tuas dúvidas e incertezas fizeram de mim alguém que sofre por estar longe e por estar perto também.Que esse motivos somados ao meu ORGULHO feminino me obrigam a seguir, mesmo que minha alma permaneça te seguindo, meus pensamentos te pertencendo, meu corpo te chamando... Mesmo que sendo de outro eu continue sendo tua e que eu passe a minha vida alimentando a ilusão de que “fomos feito um pro outro” mesmo assim eu seguirei em frente. E hoje só por hoje eu queria ver o seu sofrimento por ter feito essa escolha. Hoje queria ver você se arrepender, pela vida toda, por ter desistido de nós... Por ter feito novos planos sem mim. É!Sei que tudo isso é puro egoísmo, mas só assim poderíamos recomeçar...

Emanuella Rachel