domingo, 9 de maio de 2010

A tua aparição.

Chegou como não queria nada.
(E realmente não queria)
Foi conquistando um espaço
Sem querer, sem perceber, sem saber...
Não viu o que estava provocando
Provocou para ver...
E tudo foi se intensificando
E tudo foi caminhando...

Parecia sentir o que na verdade não sentia
Parecia não sentir, mas por hora sentia
Por isso mentia,
Enganava e se enganava
Era uma felicidade triste
Uma tristeza feliz
Era dialético
Confuso.
Ousado.
Com muito receio,
Estático de medo.
Era o que era,
E também o que lhe pedia para ser o momento...
Era palavra e atitude
também silêncio e olhares...

Era um toque.
Um desejo.
Um querer não querer.
Um querer ter.
Um querer saciar-se.

Uma fera indomável.
Um passáro livre.
Uma brisa leve.
Uma criança perdida.
Um furacão.
Um porto-seguro.
Um abismo...

Apareceu assim:
simplesmente dialético
sempre, sempre um homem-menino.

Um comentário:

  1. "Era uma felicidade triste
    Uma tristeza feliz
    Era dialético
    Confuso.
    Ousado."

    Vc é capaz de falr sobre o q n se escrever, é como definir o indescritível. Tão contraditório que é incompreensível, mas vc de uma forma poética torna a pessoa de quem fala pequeno, finito:" sempre um homem-menino". Quando menos se espera vc desvenda todo o mistério criado nas primeiras linhas.

    Adoreiii...

    ResponderExcluir