domingo, 2 de maio de 2010

Futuro passado no presente.

Não quero mais usar as palavras de outrora
Nem permanecer ouvindo as mesmas canções

Não quero ver as marcas dos antigos amores
Nem mexer nas feridas que ainda estão abertas

Não quero cometer os mesmos erros
Nem ficar estática diante dos mesmos medos...

Quero ser como um bebê
Que nada sabe do mundo
Que ver tudo com entusiasmo
Que descobre, experimenta, se arrisca sem medo
Tentando encontrar o sentido das coisas ao seu redor...
E vai descobrindo tudo gradativamente a partir das experiências
E vai crescendo...se conhecendo...conhecendo o que faz bem
E quem lhe faz bem...
E que cai, se machuca e até chora, mas não tem medo de novamente se arriscar
Em novas descobertas
Em novos experimentos
Em viver a vida...

Mas não há como passar uma borracha em tudo...
Não há como começar tudo novamente sem carregar algo do que já se foi...
Tudo nos deixa marcas.

E as vezes as marcas pesam.
São profundas.Dolorosas.Confusas...
Então crescemos, crescemos e crescemos...
E vivemos a vida por trás de escudos
Na tentativa de não sofrer mais...
E nos esquecemos da ousadia que tínhamos...
E nos lembramos da ousadia que tínhamos...
Então nos questionamos, nos preparamos, nos "protegemos"
Mas vem a vida e bagunça tudo outra vez
E nos faz perceber o que somos:
Contraditórios em tudo

E desejamos ser grandes
E desejamos ser pequenos
Mas não desejamos ser ( nem ver) o tamanho do que somos...

Emanuella Rachel.

Um comentário:

  1. Sinônimo do título: O que VAl Sales sente...kkk...
    Imprecionante como percebo minha vida tmb dessa forma. Essa coisa de querer esqcer, de tentar aprender, dos medos, de tentar resgatar o q passou, ou esquecer. Esse texto mais parece descrever uma trajetória q tdos nós passamos.

    Ele n traz solução nenhuma, e, como traria?! Ele apenas é maduro em afirmar q somos contraditórios mesmo, q aprendemos e desaprendemos, decidimos e voltamos atrás...:
    "E desejamos ser grandes
    E desejamos ser pequenos"

    Admitir nossas atitudes é o 1° passo p poder modificar elas ou, simplesmente, saber viver com elas. Escolher uma coisa ou outra, no meu ponto de vista é inevitável.
    Lindas palavras amiga poetisa :).

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